terça-feira, 12 de julho de 2011

Mundo Menor

E o mundo de repente diminuiu

Todas as fronteiras do universo não passavam de três metros quadrados

As portas do móvel não davam pra lugar nenhum

Não havia esperança

Só a necessidade de derramar em palavras toda a solidão

Mas não é a esperança a ultima a morrer?

Hoje não

A minha se foi

Pelo menos não a enxergo mais...

Aqui é só dor

Dor indefinível

Não é saudade e nem doença

É só solidão

Solidão acompanhada

Acompanhada de mim

Não é escuridão

É uma tarde iluminada

Não é falta de riqueza

Meu maior tesouro está a menos de um metro de mim...

Não consigo desfrutá-lo! Não posso...

Não é silêncio...

Um poeta baiano grita seu legado em meus ouvidos

Acho que é só ausência

Ausência de meus sonhos

Ausência de minhas duvidas

De meus medos de algo que não sei o que é

Não é paz e nem guerra

Não é bem e nem mal,

Nem bom, nem ruim...

Não é nada

E nem é tudo

Acho que é só vontade de silenciar quieto no escuro, sem poeta nem palhaço

Sem música

Sem luz sem dor

Saudades do fim que não conheço

Medo do próximo passo

Opa o medo está voltando!

Acho que isso já me dá esperança de que a esperança volte.

Voltou...

4 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Não tenho nem o que dizer! :O que quer que eu diga é chover no molhado. Sua habilidade com as palavras me impressiona...

    Belissímo texto

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  3. A ausencia chega hoje,pra mim, como a falta de mim mesma...assumo riscos em afirmar que a ausência se veste com trajes de alguém...
    É necessário correr o risco.
    Assim como é necessário, pra um poeta como vc, correr o risco de admitir a ausência, o medo, a solidão, as diversas formas de roupagem que se veste o sentir...
    Mais uma vez um belo texto!

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  4. A ausencia chega hoje,pra mim, como a falta de mim mesma...assumo riscos em afirmar que a ausência se veste com trajes de alguém...
    É necessário correr o risco.
    Assim como é necessário, pra um poeta como vc, correr o risco de admitir a ausência, o medo, a solidão, as diversas formas de roupagem que se veste o sentir...
    Mais uma vez um belo texto!

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