quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Zombeteiros Tombos II

Saindo da Fraternidade a passos fortes pela via expressa

Alcancei em tempo recorde a metade dos 6km de meu percurso

Zombeteiro funcionário abandonou fixado um ferro na calçada

Lentamente se passaram os segundos do tropeço ao tombo

Naquele momento de dor aguda, mirava inerte o chão de concreto

Urgentemente tentei em vão levantar e voltar a correr...

Buscando forçosamente o chão e não o céu, fiquei ali sem forças

Depois de 3800 mt percorridos, me restava levantar e caminhar

Rastejantes eram meus passos embalados em uma dor nada fina

Sentindo por um tempo os efeitos do tombo, fui reagindo devagar

Queria voltar a correr pra apressar ou aliviar a dor... não deu...

Zombeteiros tombos assim diminuem minha louca sede por voar

Melhor mesmo não voar... mesmo sem sorrir, era bom sentir a dor

Ganhei o prazer de quase voar, e a dor rastejante num só percurso

Zombeteiros tombos às vezes nos despertam à força de um sonho...

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